MDNA o álbum da DÉCADA

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Finalmente recebemos o nosso MDNA e podemos dizer que ficamos de boca aberta com o resultado final. Se Madonna não chegou à perfeição com MDNA, podemos dizer que esteve muito perto!! Eis a nossa opinião faixa-a-faixa:

GIRL GONE WILD: Já existe pouco a dizer sobre esta faixa que é sem duvida uma das melhores do álbum com um som magnifico e refrão viciante.
NOTA: 20 / 20

GANG BANG: É uma faixa que começa de uma forma muito sombria e que nos vai conquistando com o passar do tempo. Não é amor à primeira vista, mas é uma faixa que nos conquista.
NOTA: 18 / 20

I'M ADDICTED: Deus veio à terra e o resultado foi "I'm Addicted", esta faixa tem algo de épico. Desde o primeiro preview que foi lançado desta faixa que nós ficamos com grandes esperanças para esta musica. É uma das musicas que nos provoca arrepios de tão boa que é. Cada inicio de refrão é algo extraordinário. Possui um instrumental que é dos melhores em todo o álbum. Devia ser um dos single de MDNA e vejo-o a ser a musica que vai abrir ou fechar o concerto da nova Tour.
NOTA: 20 / 20

TURN UP THE RADIO: Embora seja uma faixa muito boa, tenho que dizer que não fiquei 100% satisfeito com ela. Tenho muita pena que a Madonna não tenha desenvolvido aqueles violinos que tocam por 1 ou 2 segundos e que depois desaparecem, acho que teria dado um ar superior a utilização dos violinos nesta musica. No entanto, volto a repetir que é uma faixa muito boa e que deverá ser single, pois é muito "radio-friendly".
NOTA: 19 / 20

GIVE ME ALL YOUR LUVIN': Acho que esta faixa faz mais sentido agora com o álbum do que fazia como single, ao contrario do que muita gente afirmava. Não tem um som muito "MADONNA", é certo, mas dá ao album um ar jovem e descontraído, o que só vem ajudar o MDNA.
NOTA: 17 / 20

SOME GIRLS: Foi uma das grandes surpresas do álbum, principalmente por ser uma das faixas que não teve direito a preview, gosto imenso do som pesado que ela tem, no entanto não acho que deva ser single, mas com a Madonna nunca se sabe. É uma faixa muito boa, mas existem muito melhores no álbum. | NOTA: 17 / 20

SUPERSTARS: É provavelmente a musica cujo o som faz ligação entre "Give Me All Your Luvin'" e o resto do álbum. Tem um som muito de banda de colégio misturado com a electrónica pesada utilizada no resto do álbum. Tem uma letra magnifica e é uma das musicas que nos faz sentir felizes ao ouvir-la.
NOTA: 19 / 20

I DON'T GIVE A: Esta é a segunda vinda de Deus à terra neste álbum. O som épico e ao mesmo tempo jovem é simplesmente extraordinário. O refrão é simplesmente viciante, a participação de Nicky Minaj nesta faixa só a melhora e dá um ar actual que nos dá vontade de ouvir outra vez e dançar até ficarmos sem folgo, e o final da musica é de arrepiar de tão bom que é. TEM de ser single de MDNA, será um grande erro se não chegar a single, pois esta é sem duvida uma das melhores faixas do álbum.
NOTA: 20 / 20

I'M A SINNER:  E de repente voltamos aos anos 90, fez nos lembrar o "Beautiful Stranger". Basicamente se "Beautiful Stranger" fosse feita hoje em dia teria este som. Não somos grandes fãs desta faixa, é engraçada, mas não é tão boa como as outras.
NOTA: 16 / 20

LOVE SPENT: Adoramos, adoramos, adoramos!!! Os acordes que nos fazem lembrar "Hung Up" fazem desta musica algo do outro mundo. E depois temos a mudança brutal a meio da musica que nos deixa de boca aberta. É uma experiência que correu muito bem.
NOTA: 19 / 20

MASTERPIECE: Não à muito a dizer sobre esta faixa. É um dos melhores exemplos da razão que nos levou a ficar super-entusiasmados quando soubemos que William Orbit ia se juntar a este projecto. É provavelmente uma das baladas mais bonitas feitas pelos 2 desde "Frozen".
NOTA: 20 / 20

FALLING FREE: Orbit + Madonna = Baladas. Esta é daquelas faixas que parecem ter saído de Ray Of Light. É uma faixa magnifica para fechar o primeiro CD.
NOTA: 18 / 20

BEAUTIFUL KILLER: A única razão porque esta faixa está apenas na versão deluxe é só mesmo para levar as pessoas a comprar a versão deluxe. Arrisco-me a dizer que está no Top 3 de melhores faixas do MDNA. A voz de Madonna nesta faixa está magnifica e é outra das faixas que mostra o poder de uma orquestra numa musica dance, algo que devia ter sido explorado em Turn Up The Radio. Esta 3ª vinda de Deus à Terra é outra que me provoca arrepios, exactamente a partir de 2:08 até 2:57. Estes segundos fazem desta faixa uma das melhores do album e que devia ser já o proximo single, ou então devia ser single no Outono, porque é muito boa.
NOTA: 20 / 20

I FUCKED UP: Sinceramente, não sou grande fã desta faixa e acho que está no sitio certo, no CD 2.
NOTA: 16 / 20

B-DAY SONG: Não existe musica no álbum inteiro que grite mais diversão do que esta faixa. Esta musica faz-nos saltar como se fossemos crianças é uma musica que nos põe com um sorriso na cara. A participação de MIA, de facto, é um bocado escusado. Adoro o final onde todos gritam Happy Birthday!!!!
NOTA: 18 / 20

BEST FRIEND: É provavelmente uma das musicas mais esquisitas do MDNA, e também não somos grandes fãs da faixa. Melhora ao refrão, mas soa um bocado às batidas do Timbaland durante os anos 90.
NOTA: 16 / 20

GIVE ME ALL YOUR LUVIN'(Party Rock Remix): E como Madonna é inteligente pôs o melhor remix de Give Me All Your Luvin' a fechar o 2º CD. Confesso que gosto mais deste remix do que a versão original.
NOTA: 20 / 20


A relação entre a Madonna e os críticos

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É provavelmente uma das relações mais duradoras do mundo do entretenimento, a relação entre a Madonna e os críticos.

Na musica, embora nos primeiros tempos Madonna não passa-se de uma One-Hit-Wonder, a rainha sempre foi admirada e respeitada.
Nos filmes, o cenário é bastante diferente... Madonna nunca conseguiu obter o respeito dos críticos. Desde os primeiros filmes onde Madonna tinha maus papeis até Madonna como realizadora. O único filme onde os críticos não conseguiram dizer nada de mau(embora tivessem tentado) foi em Evita. A participação da Madonna em qualquer filme é visto, pelos críticos, como uma espécie de maldição.

Infelizmente, "W.E." parece estar a ser a mais recente vitima dessa relação. Embora todas as imagens que vemos no trailer serem produto do que nós pensamos ser "A" Obra-Prima de Madonna, os críticos já tiveram a fazer o seu "trabalho".
O Time diz que "é uma vergonha o filme ser tão mau", a Reuters afirma que os personagens "são meros manequins" e a Los Angeles Time diz que é um "drama histórico cheio de cenas aborrecidas" mas que é "incrivelmente mente lindo de se olhar".

VEJAM ESTE TRAILER E DIGAM(SE TIVEREM CORAGEM) QUE É MAU:


Resumindo podemos comparar a relação da Madonna com os críticos de cinema como a relação entre Portugal e as empresas de rating:
"Lá por dizerem que somos lixo financeiro, isso não apaga o magnifico país que somos. Por muito que nos deitem abaixo nós sabemos que somos bons e que no final a vitoria será nossa não dos que criticam."

M Vs Gaga

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Olá a todos,
Como forma de comemorar o lançamento do novo look do MadonnaPt eis uma colunna excepcional sobre um tema polémico.
Como diria o provérbio francês: à ocasion speciale, comemoration speciale!
Como já perceberam pelo título, a colunna de hoje promete ser ritmada. Com o lançamento do novo look do Madonnapt, porque não abordar um tema tão em voga como este? Porque não remeter até a Rainha em questão? Mas afinal, quem é ainda a rainha do Pop?
Interessa então perceber, se realmente Gaga imita e copia M em prol do seu benefício, ou se não, ela é mesmo uma revolucionária e inovadora, à imagem de que foi M nos anos 80… Muitos críticos, ao longo dos anos,e com o surgimento de novas cantoras (?), têm anunciado a morte de Madonna como Rainha da pop,a título de exemplo apontaremos: Cristina Aguilera, Rihanna, Britney, etc. Contudo até hoje, como todos nós sabemos, o trono continua a pertencer a Madonna, no entanto este nunca pareceu estar tão ameaçado desde o aparecimento de Gaga e do seu estilo extravagante… (terá sido a única a sê-lo?)
Irei portanto dividir a colunna, em várias partes, de modo a que o desenrolar desta seja de mais fácil e prática leitura para os caros leitores: aparecimento; repertório musical; looks, videoclips, e concertos.

Aparecimento:

Como toda a gente sabe, Madonna apareceu nos anos 80, encontrando o sucesso em Nova Iorque, iniciando a sua carreira como bailarina, e fazendo trabalhos tradicionais, como empregada de mesa. Numa era onde a internet pouco existia, e a própria globalização de vídeos a nível mundial (MTV) ainda não estavam certos nem generalizados, Madonna, com a sua meia dúzia de dólares na mão, e o seu estilo nada apropriado e louco, pouco a pouco, foi construindo uma carreira, que lhe assegura hoje em dia a detenção do trono de Rainha de Pop, já há mais de 25 anos.

Por seu lado Gaga aparece numa era diferente. Sim, utilizei o termo era, pelo simples facto da velocidade de informação ser hoje em dia inigualável aos anos 80. Gaga aparece num tempo onde cantoras pop aparecem e desaparecem à velocidade da luz, engolidas pelas máquinas industriais de música. Como todos sabem poucas são as cantoras aparecidas nos anos 90 e 2000 que asseguram uma carreira com mais de 5 ou 10 anos… Os sucessos comerciais, ou sucessos fast-food, aparecem, desaparecem, e ninguém dá por nada! Gaga aparece em 2008 com o seu album "The Fame"com uma identidade visual extravagante, e músicas bastante viciantes. Gaga alcança o seu primeiro sucesso, e não pára de “fabricar” músicas, umas atrás de outras, não dando qualquer tipo de descanso aos canais musicais de TV, às rádios, aos ouvintes. A estratégia Gaga é simples: bombardear o mercado com temas altamente comerciais, que têm grosso modo 4 meses de vida, e lançar antes da morte destes, outro hit de modo a manter a forma, e a publicidade do nome…

Repertório Musical:
Em termos de repertório musical, as diferenças são bem patentes. Enquanto que Madonna apoia todo o seu repertório em várias musicas totalmente pop, de acordo com os anos 80; misturando pelo meio baladas bem conhecidas de todos, Gaga aposta em musicas simples pop/electrónica/dance, misturando sons e batidas viciantes, e acordes também eles simpless: a ideia é clara: criar músicas viciantes, não muito elaboradas mas altamente comercias de modo a que se assegure o êxito por alguns meses, relançando mais tarde nova música com o mesmo estilo e repertório.
Claro que a carreira de Gaga (poderemos fala em carreira?) é curta e não lhe deu muito tempo ainda para se apoiar n’outros estilos como fez Madonna, a camaleónica, que surpreende todo o mundo a cada novo álbum. Aliás, uma das marcas de Madonna é mesmo essa: nunca se repetir a ela própria.
Assim, em termos musicais, as realidades diferentes também não permitem uma aproximação clara, e objectiva. Cada época tem seu estilo. Agora uma coisa é certa, na minha modesta opinião, a versatilidade de Madonna será difícil de atingir. Só alguém com personalidade tão forte consegue assegurar sucessos atrás de sucessos, em diferentes géneros musicais.

Looks:
Em termos de aparência, tanto M como Gaga são extravagantes. Se gaga copia M? Directamente não, mas indirectamente sim. Criar personagens extravagantes foi uma das armas inteligentes de Madonna para se fazer ver e ate ouvir (quem não se lembra da loucura de fãs vestidos como M nos anos 80 com crucifixos, roupas largas…); Gaga aprendeu a lição, e apostou em estilos extravagantes de acordo com a nossa época.
Agora reparem, enquanto que os estilos de Madonna são seguidos e eram seguidos pelos fãs, os estilos de gaga não o são. A envolvência e aproximação existente entre os fãs de Madonna e a própria, chegam à própria necessidade dos fãs e apreciadores adoptarem e seguirem o seu estilo. Madonna ditou modas, Gaga não. Ela usa sim, a sua moda para se fazer ver.

Aí Madonna foi inteligente, criando um estilo simples, mas extravagante ao mesmo tempo que fosse acessível a todos, e questionasse o status quo instalado na altura… Em termos de look, como sabemos, Madonna surpreende sempre a cada novo álbum: do estilo country, ao rock, ao pop, ao mais místico de Frozen, entre outros, nenhum estilo se repete, nenhum penteado se repete. Gaga adopta uma linha mais ou menos uniforme, combinando roupa pouco usual, mas là no fundo que acaba por se parecer uma à outra.
Madonna ditou modas, envolveu as pessoas com o seu estilo, desde a música , à roupa. E isso, é algo extraordinário, que é difícil de fazer. Qual o estilo ou a moda ditada por Gaga? Não se assiste ao mesmo sentimento de pertença a algo/ a uma movimento/ a uma artista, como se assiste com Madonna.

Videolclips:

Em termos de vídeo, ambas souberam tirar proveito do poder da imagem, quem não se lembra de Like a Prayer? De Frozen, de Hung Up, do Erotica, Vogue…? Ninguém ficou indiferente a estes vídeos. O poder de um vídeoclip, pode comprometer ou assegurar o sucesso de uma música. Isso Gaga percebeu, e apostou em vídeos também eles extravagantes, muitos sem sentido, mas com imagem forte.
Gaga sabe também apostar noutro aspecto: no fenómeno viral que é a internet. Muitas vezes, o próprio vídeoclip é lançado no youtbe, e só depois nos canais tv. A aposta é simples, barata e altamente contagiosa. O poder da internet é incalculável, e nisto, sejamos sinceros, Gaga é boa.
Se Gaga copia Madonna? Bem, deixo aqui um vídeo que poderá responder à pergunta – mostra disso é o último vídeo de Gaga, dirigido por Stevein Klein (onde é que já ouvimos isto???) e insere várias linhas de videoclips de Madonna. Sem dúvida.


Concertos:

Em termos de concertos que dizer? Os shows de Madonna são autênticos espectáculos, utilizando, luz, som, dança, arte, polémica. Todos os concertos de Madonna são especiais por isso, pelo show que é. Os tours e sold outs são uma realidade, e Madonna é desde o início a senhora das Polémicas das tours (como já vimos em colunnas anteriores); Gaga sabe que isso faz falar, e faz o mesmo. A sua cena de canibalismo no último espectáculo é prova disso. A polémica veio ao de cima em vários médias. Claro que, polémica e Madonna estão juntos, e Gaga parece ter percebido isso; no entanto claro que, em termos proporcionais Madonna leva a melhor neste aspecto. Em termos de assistência não deveremos falar muito. A recordista é clara.


Como viram, ao longo da colunna, as realidades são diferentes e as épocas também. Claro Madonna, é uma artista fenomenal, que influenciou o mundo, defendeu causas, foi actriz, é realizadora; ditou tendências, e mostrou também o seu lado humano. Gaga é diferente. É claramente uma personagem montada. Enquanto que Madonna mistura muito de si, em cada nova personagem criada, Gaga, fabrica personagens abstractas, e aí está a grande diferença entre Madonna e Gaga. Em cada fase de Madonna, percebemos que esta contém algo real, interior, da personalidade de M. Seguimos a sua evolução, os seus pensamentos.
Gaga é diferente, os seus personagens estão afastados da pessoa em si. São realidades industriais, afastadas da cantora, que não retratam o seu interior, o seu pensamento. Se influenciar o mundo está na ideia de Gaga, ainda não nos apercebemos, no entanto sim, ela usa muito bem a sua imagem , assim como M a usa.

Assim, respondemos a pergunta inicial: Gaga copia Madonna? Copiar em parte sim. Inspirar-se: muito.
E é essa uma das razões do porquê de Madonna ser sempre Madonna.
Quem quiser ser a próxima Rainha da Pop terá de trazer algo de novo, de totalmente diferente. Copiar não basta. Inspirar-se muito também não.
Essa a razão porque Madonna é e será sempre a rainha. Ela dita as modas. Ela inspira os outros.


Think about it.
Até à próxima colunna! ;)

Madonna e o Cinema

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Olá gente!

Sim, ainda estou por aqui, peço que desculpem esta minha ausência contudo a falta de tempo e o trabalho não me têm deixado debruçar com mais dedicação sobre as colunnas aqui do site…Ossos do ofício.

Como já repararam, a colunna insere-se hoje na sétima arte, e a relação que esta tem com Sua Majestade e vice-versa. Irei portanto, abordar um tema e área cada vez mais querida à Rainha: o cinema.

Polivalente como a conhecemos, nunca poderíamos imaginar que Madonna só iria basear a sua carreira em torno da música. Assim, sempre pronta para agarrar novos desafios, Madonna aceita o grande desafio do cinema.

Tudo começa em 1985 com uma pequena presença no filme Vision Quest, contudo a sua presença é muito mais notória na comédia Desperately Seeking Susan, onde Madonna interpreta (como não poderia deixar de ser) uma rapariga rebelde, e audaz. Apesar de não interpretar o papel principal, este foi visto por muitos como uma boa acção de marketing para promover o filme. “Into The Groove” faz parte da trilha sonora do filme, e com ele consegue o seu primeiro Top 1 no Reino Unido. Apesar de não ter tido um sucesso vincado, o filme acabaria por ser falado em todo o mundo pela simples presença da Rainha. Apesar de tudo, a longa metragem, acabaria por ser nomeada para o César do Melhor Filme Estrangeiro, e a própria crítica do NYTimes considerou-o como um dos melhores filmes de 85.


Já em 1986, mais apagada visualmente da grande tela, Madonna fez uma pequena aparição no filme Shangai Surprise, e inicia a sua incursão no mundo do teatro na área de produção em peças, onde o seu marido Sean Penn também estava presente.

Em termos musicais a presença de músicas de Madonna eram uma constante nos filmes dos finais da década de 80. Madonna participa em “Who’s That Girl” filme no qual entram quatro músicas originais da Rainha, da qual destaco “Causing a Commotion”.
Após uma pequena paragem, Madonna regressa ao cinema em 1990, no filme Dick Tracy onde interpretou o papel de “Breathless” (tradução complicada em português!), para o qual lançou a banda sonora do filme “I’m Breathless” que incluia hits como Vogue ou Sooner or Later.

Com a Blond Ambition Tour, Madonna estreia-se nos documentários. Aparece o polémico “In Bed With Madonna” que pretendia seguir e explorar os backstages da tour, e a vida normal de Madonna durante o tempo da tournée. O documentário mítico hoje em dia, foi altamente polémico na altura, devido a alguns reparos feitos por Madonna durante o documentário, à sua relação com os bailarinos; e a famosa cena da garrafa de água… Polémica feita = produto vendido a nível mundial.

Em 1992, Madonna regressa aos ecrãs, no filme “A League of Their Own” como Mae Mordabitom uma jogadora de basebol. Para o efeito, Madonna grava a famosa “This use to be My Playground” que alcançou mais uma vez o primeiro lugar de muitos tops mundiais. Em 1993, Madonna continua activamente presente no grande ecrã entrando nos filmes “Body of Evidence” (polémico pelas cenas de sadomasoquismo e bondage) e Dangerous Game; ambos os filmes foram alvo de críticas negativas. A Madonna actriz não convencia o público nem a opinião pública. Apesar de todas as suas incursoes pela sétima arte, Madonna continuava a ser vista como a cantora polémica de sempre, sendo muitas vezes esquecida a sua faceta de actriz.

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Cansada de ser ignorada nos diversos papéis interpretados, Madonna decide dedicar-se a sério à sétima arte, dedicando-se totalmente ao filme que a consagraria como actriz: Evita. Este foi sem dúvida o seu papel de sempre. Ainda hoje em dia, Madonna é recordada como tendo desempenhado uma papel fantástico e tocante no filme. No entanto, parte da população Argentina estava contra a escolha de Madonna para interpretar um símbolo tão amado como era Evita Perón. A ideia de ver uma pessoa tão polémica a todos os níveis como era Madonna a interpretar um papel tão importante e significativo para o povo argentino, desagradou a muitos sectores da opinião pública. Madonna, em diversas conferências de imprensa foi alvo de perguntas polémicas sobre esse facto.

Apesar de tudo, M guardara sempre uma postura profissional, afirmando que, não a poderiam julgar sem ver o filme antes, já que ela não misturava as coisas… E assim foi. Evita é ainda hoje um filme mítico. Apesar de não ter tido um sucesso absoluto, a prestação de Madonna convenceu, e comoveu. As músicas interpretadas por esta são ainda hoje mundialmente conhecidas, e a sua prestação nos óscars (onde fora nomeada para melhor actriz) foi considerada uma das dez prestações mais marcantes de toda a história das estatuetas de ouro. Com este papel Madonna ganhou um Globo de Ouro para Melhor Actriz, sendo que a música “You Must Love Me” ganhou um óscar para Melhor Música Original.

Madonna acabaria deste modo por cumprir um dos seus objectivos de sempre. O de ser respeitada e considerada no mundo da sétima arte.
Assim, só em 1999 é que Madonna voltaria a reparecer na tela, em “Austin Powers : The Spy Who Shagged Me”. A música composta para o filme “Beautiful Stranger” acabaria por ganhar um Grammy para a Best Song Written for a Motion Picture. Em 2000, M entrou no filme “The Next best Thing”, filme que chegara ao top 2 na primeira semana de estreia nos EUA. Madonna contribuiu com duas músicas originais: “American Pie” e "Time Stood Still".

Já casada com mais uma pessoa ligada ao cinema (Guy Ritchie), Madonna entra em 2001 no filme realizado pelo próprio marido “Swept Away”; que estreou directamente em vídeo. Muitos críticos dizem que este foi um dos piores papéis de Madonna. As vendas foram um fracasso. No mesmo ano, Madonna relança a sua presença na grande tela, com uma saga de Bond, onde desempenha um papel secundário. “Die Another Day” título da música feita para o filme acabaria por chegar ao número 8 do Billboard Hot 100 e fora nomeado para um Globo de Ouro. A partir deste Madonna acaba por parar por uns tempos com a sétima arte, preferindo mais tarde adoptar um novo papel: o de realizadora.

Em 2004 sai o documentário “I’m Going to tell you a secret”, que se insere na mesma linha do anterior “In Bed With Madonna”; pretendendo seguir a vida de M durante a Re-Invention Tour. O documentário não contém quase nenhuma polémica sendo muito mais calmo, e retratando uma Madonna mais adulta, segura e calma, já em pleno na Kabbhala.
Cansada de estar sempre em frente à camara, Madonna decide descobrir o trabalho de dirigir, escrever e realizar; gosto incutido pelo seu marido Guy Ritchie, que lhe foi dando dicas ao longo dos anos.
Assim, em 2008 Madonna lança, ao abrigo do seu programa de ajuda “Raising Malawi o documentário “I am Because We Are”, que retrata as realidades pobres do Malawi, das suas crianças e dos pais infectados pelo virus da HIV. Um documentário comovente, simples e real. O documentário obteve óptimas reacções no mundo, obtendo 4 estrelas em 5. A Madonna realizadora dava pouco a pouco provas da sua nova reinvenção.

A sua primeira longa metragem apareceria também nesse ano “The Filth and Wisdom”, onde a sua banda de amigos dos Gogol Bordello assumem papéis centrais, num filme que pretende retratar as diversidades de uma sociedade, onde alguns protagonistas desejam salvar crianças em África (onde é que eu já ouvi isto?).
As críticas até foram positivas, sendo que os jornais e reviews mais rigorosas congratularam Madonna pelo seu trabalho como iniciante.
Já este Verão Madonna prometeu voltar por detrás da câmara realizando um novo filme.
Tristes ficam com os fãs, já que dedicando-se mais à sétima arte, a música fica de lado. Assim é Madonna, em várias frentes, cameleónica procurando fazer de tudo, e fazer bem e tendo sucesso.

Assim, como vimos a incursão cinematográfica de Madonna não se limita a Evita, mas começou bem mais cedo já em 1985. O gosto pelo cinema foi crescendo, até chegar ao gosto pela realização, não será portanto de estranhar, que Madonna escolheu por duas vezes como parceiros, pessoas ligadas ao cinema: Sean Penn, e Guy Ritchie…Nada é feito por acaso.

Resta desejar sorte para o próximo filme, e pedir por favor, que para 2011 Madonna nos ofereça mais um fantástico álbum, não acham? :P

Por aqui fico.
Até à próxima!

André R. Costa

Como me tornei fã de M

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Como prometido aqui vai uma colunna um pouco mais pessoal que se debruça essencialmente no “como” fiquei fã de Madonna. Não há nenhum guia de utilização, nem nenhum livro que nos ensine a ser fãs de Madonna, ou pelo menos que nos explique o porquê de o ser.
A verdade é que a minha admiração por M cresceu intuitivamente, naturalmente, sem que eu próprio me apercebesse de que , pouco a pouco estava autenticamente seduzido pela artista que M é.
Desde pequeno que ouvia certas músicas de Madonna em casa, ainda nos velhos vinis, como “La Isla Bonita”, ou “Like a Prayer”, curioso, não me lembro de ter ouvido a mítica “Like a Virgin” là em casa… Conservadorismo? Não sei.
Já nos anos 90, lembro-me perfeitamente de ter ficado muito angustiado com o videoclip de “Frozen” que admirava e adorava ver, por todo o ambiente que este representava, e sobretudo por todo o mistério que representava para mim. Na escola, os meus colegas cantavam os versos de “Music” que todos achavam “altamente” e muito moderno! Entretanto o filme Evita continua là em casa em suporte VHS – e claro a mítica “Dont Cry For Me Argentina”, foi música presente em muitas tardes de domingo.
O verdadeiro salto aconteceu quando M veio a Portugal em 2003. Sinceramente nunca liguei muito a Madonna ou à sua vida, sabia somente que tinha uma grande apetência pela provocação e para o escândalo. Contudo, todo o frenesim em torno da vinda de Sua Majestade a terras lusas deixou-me curioso. A gota no copo de água foi mesmo a filmagem da entrada de “Vogue” nos telejornais que me deixou literalmente de boca aberta. Como é que uma senhora já com aquela idade conseguia fazer aquilo? Muito intrigado, fui pesquisar umas coisas pela net. Fui conhecendo um pouco da sua história, e descobrindo músicas que conhecia, mas que não sabia de todo que eram da sua autoria!
O verdadeio “boum” se assim lhe posso chamar, foi com o lançamento do Confessions on a Dance Floor, e do seu mítico Hung Up. Fiquei fascinado pela música, na escola não se ouvia outra coisa, e não se falava de outra coisa. A presença mais tarde de Madonna nos MTV Awards em Lisboa contribuiu ainda de forma mais significativa para o crescimento do interesse na estrela. Todos em casa tínhamos ficado espantados com a entrada em palco de Hung Up em Lisboa. Decidi comprar o CD, e claro: fiquei viciado. Não ouvia mais nada o dia todo, tanto que contribui para contagiar os meus colegas todos. “Sorry” não veio ajudar em nada a tentativa detrocarr as músicas do telemóvel! 
Posto isto, decidi pesquisar mais. Ler mais. Descobri certos sites de fãs. Li a sua biografia. Vi entrevistas. Li entrevistas. Fiquei fascinado com a sua história, com a sua garra, com o seu talento, com a sua “fuck you atitude”, com todo o seu trabalho, com o seu génio. Era oficialmente fã da pessoa. Pouco depois, a Confessions Tour lançada, decidi comprar o DVD da Tour. Numa tarde de domingo, eu e a minha mãe decidimos vê-la. Acabamos de olhos esbugalhados. UAU! Isto sim é um espectáculo dizia a minha mãe! Ainda me lembro hoje de como fiquei chocado pela espectacuralidade do show, das músicas, dos arranjos, da cenografia, da cruz, da bola de cristal, da versão de Erotica, da Isla Bonita, e do final triunfante de Hung Up. Mais, fiquei subjugado ainda mais à energia, à presença em palco, ao profissionalismo de Madonna para com os seus fãs. Aqui fiquei fã para sempre da Madonna cantora e artista. A partir desse dia decidi descobrir tudo. Ouvir todos os seus albúns, todos os concertos, todas as prestações live, tudo o que fosse ligado a Madonna.
Mais tarde, a Madonna “humana” fez-me sentir ainda mais orgulhoso de ser fã dela. De ter essa oportunidade – a de gostar e de admirar uma pessoa polivalente, humana e profissional como ela. Descobri a sua causa pelo Malawi, a sua causa pela SIDA nos anos 90, a sua causa pelas minorias, etc. Nem todos temos a oportunidade de sermos fãs dela, certo. Mas uma coisa é certa: ninguém lhe é indiferente.
Desde esse ano (2006) comecei a devorar tudo o que era Madonna. Descobri ainda mais sites de fãs, e o aparecimento e reforço do youtube permitiu-me descobrir muitos arquivos de M. O próprio documentário “I’m going to tell you a Secret” fascinou-me, assim como recentemente o documentário sobre o Malawi que me sensibilizou, e me mostrou mais uma vez uma boa razão para gostar de Sua Majestade.
Em 2008, concretizei um sonho. Vê-la ao vivo. As emoções foram tantas em tão pouco tempo, que tenho falhas de memória, não me lembrando de certas partes de concerto. Mas de uma coisa não me esqueci: o facto de ter sido um dos dias mais maravilhosos da minha (ainda curta) existência, de ter tido a oportunidade de cantar com 75000 pessoas as músicas de sempre, e sobretudo ter estado là a e ter a oportunidade de ver um mito vivo, um verdadeiro exemplo de vida…

Por isso tudo, tenho orgulho em ser fã de Madonna, uma pessoa que mudou o mundo e que o tenta melhorar com a sua influência.

E nunca se esqueçam:
Express Yoursel, Don’t Repress Yourself.

Até breve, e boa Páscoa!

The Sticky & Sweet Tour

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A nossa viagem pelas tour da Rainha, chega hoje ao fim com a enormíssima Sticky &; Sweet Tour (SST). A SSt foi lançada em Julho de 2008, pouco tempo depois do lançamento de Hard Candy. A SST foi a maior tournée jamais realizada por uma artista feminina a solo (é também a segunda maior de toda a história), sendo também a maior de Madonna e as maiores de 2008 e 2009. Pela primeira vez Madonna, repetiu uma tournée, no verão de 2009 M decide fazer uma segunda parte europeia. A Sticky & Sweet Tour pode ser realmente chamada de World Tour, já que visitou quase todos os países da América Latina e do Sul (desde a Girlie Show que esta não passava por là), assim como visitou quase todos os países europeus, inclusivé o nosso Portugal em Setembro 2008 no Parque Bela Vista. O tradicional Japão não foi visitado assim como a Austrália (inicialmente previsto).

A SST é marcada sobretudo por ser uma tour essencialmente virada para grandes espaços: estádios; praças, parques. Este facto deixou alguns fãs irritados devido à não adaptação do palco para estes sítios tão grandes, sendo muitas vezes quase impossível ver o espectáculo de certos lugares (fundos de estádios, por exemplo).
A SST foi vista por cerca de 3,5 milhões de fãs, tendo arrecadado (somando a versão 2008 e 2009) a enorme soma de 408 milhões de dólares!


Datas:

A SSTour, oitava tournée mundial de Madonna iniciou-se já em pleno Verão, a 23 de Agosto em Cardiff, acabando a primeira parte seis meses depois, a 21 de Dezembro de 2009, em São Paulo. A segunda parte iniciou a 4 Julho em Londres, acabando a 2 de Setembro em Israel. Ao todo a SSTour, durou 8 meses, sendo a tour mais longa que Madonna fez até hoje. A SSTour, como dito passou por vários continentes, passando ao todo por 32 países, num total de 85 shows.

Setlist/ Show
A SST à imagem das outras tours de M combina as melhores tecnologias em termos de vídeo, imagem e outros. Apesar de nem sempre estar adaptado para grandes lugares, o palco transforma-se durante o concerto, sendo que, grande parte deste é centrado na plataforma no extremo do catwalk, que combina vários níveis de plataformas, luz e dois ecrãs gigantes circulares permitindo várias combinações imagem/som.

O concerto incia-se com os ecrãs em forma de quadrado, à semelhança de uma caixa de rebuçados. Ao longo das imagens projectadas, é visível a confecção de um rebuçado: Madonna convida-nos a entrar na sua Candy Shop. Lentamente, o ecrã desfaz-se, partindo-se em vários outros ecrãs, fazendo aparecer pouco a pouco o palco. As letras C-A-N-D-Y aparecem, Madonna surge em cima do seu trono e inicia Candy Shop. Segue Beat Goes On onde aparece um verdadeiro cadillac em palco! Human Nature segue-se, deixando a porta aberta para a reinventada Vogue (com simple do 4 minutes); uma coreografia totalmente re-inventada e moderna é aplicada à musica, fazendo alternar os bailarinos sobre as várias plataformas satélites subjacente ao catwalk principal.

Cai o interlude “Die Another Day” num remix bem animado, mostrando uma Madonna lutadora, inspirada no boxe. Dois bailarinos entram em palco, simulam um confronto de boxe sobre um ringue improvisado no palco.

Inicia a parte pimp, uma honra aos anos 80: colorida e animada. Into The Groove começa; juntando uma versão totalmente revista; Madonna salta à corda durante o simple “Jump”, fazendo o público cantar no final da canção. Segue Heartbeat conjugando uma coreografia ousada, onde Madonna vai progredindo do palco principal para o catwalk. Na versão 2009, Heartbeat é substituída por uma versão remix de Holiday, onde estão presentes trechos de Everybody e Celebration. Durante Holiday, Madonna presta homenagem a M. Jackson, apresentando um pequeno mix de canções do rei da pop, enquanto uma bailarino executa passos de dança bem conhecidos de MJ.

Uma versão rock de Borderline segue, sendo substituída em 2009 por Dress You Up (melhor conseguida). A fantástica She’s Not Me segue. Madonna retraça a sua carreira, ajudada pela personificação da sua imagem por várias bailarinas. A canção acaba ao estilo de Let it Will Be do Confessions Tour, onde Madonna encerra de uma maneira “louca” este tema. Uma voz vai entoando “Last Night a DJ saved my Life” introdução perfeita para uma versão urbana de Music, fechando deste modo a parte pimp.

Cai o interlude Rain/ Here Comes The Rain Again dos Eurorythms. São projectadas imagens de um paraíso onde se desenvolve um personagem graciosa transmitindo uma imagem de paz e tranquilidade. Progressivamente o baraulho de trovões e chuva aproxima-se. Os ecrãs caem sobre a plataforma do catwalk, imagens de chuva são projectadas. Madonna aparece em cima de um piano dentro dos ecrãs- um dos momentos altos do concerto. Segue a bem mexida Spanish Lessons. Miles Away inicia, fazendo a plateia cantar toda em conjunto. La Isla Bonita sempre colorida e mexida começa na sua versão “Live Earth”. Doli Doli, canção romena é interpretada por um grupo romeno (à semelhança dos Goggol Bordelo) que apoia musicalmente Madonna nesta parte do concerto. Segue a emocionante You Must Love Me e Don’t Cry Argentina esta última, interpretada especialmente nos shows de Buenos Aires.

O polémico interlude Get Stupid inicia-se, lançando a introdução de 4 Minutes; onde aparecem em palco ecrãs que se movimentam, projectando Justin. Madonna progride em palco, acompanhando os ecrãs, que se vão movimentando juntamente com M. Inicia-se o fantástico Like A Prayer numa versão remix, utilzando para tal Dont You Want Me de Felix, musica dos anos 80. O fantástico remix é o ponto alto de todo o concerto fazendo com que o público cante, salte e bata palmas conjuntamente. Madonna acaba esta prestação na pltaforma do catwalk dentro dos ecrãs circulares, que acabam por projectar grandes chamas de fogo.

Segue em 2008 a versão Ray Of Light muito parecida com a do Confessions Tour; em 2009 esta não é substituída, contudo no seu lugar aparece uma versão mix de Frozen, contendo trechos de Open You Heart. Em 2009 Frozen acaba com a projecção de uma frase simbólica de MJ. De referir que depois de ROL em 2008, Madonna dá a chance ao seu público de escolher uma música, cantando acapella parte do tema eleito pela plateia. Mais uma evidência da proximidade real de M durante o SST. Em 2008 em vez de Frozen surge após ROL, Hung Up, versão rock, não muito apreciada pelos fãs; a versão disco mais animada e pop é assim abandonada no SST. O concerto finaliza com um remix de Give It 2 Me, animando toda a plateia. Madonna em boa parte dos concertos chega a descer do palco, saltando para beira do público cantando com este. O concerto finaliza como iniciou, com os ecrãs colocados em forma de cubo, Madonna no alto das escadas despede-se do público deixando aparecer a expressão Game Over (de referir que durante GITM o backdrop projecta imagens de uma espécie de jogo vídeo, daí o “game over” do fim).

Parte Pimp
1- Candy Shop
2- Beat Goes On
3- Human Nature
4- Vogue
Interlude: Die Another Day

Parte Old School
5- Into The Groove
6- Heartbeat / Holiday
7- Borderline / Dress You Up
8- She’s Not Me
9- Music
Interlude: Rain/ Here Comes The Rain Again

Parte Gipsy

10- Devil Wouldn’t Recognize You
11- Spanish Lesson
12- Miles Away
13- La Isla Bonita/ Lela Pala Tute
14- Doli Doli
15- You Must Love Me / Don’t Cry For Me Argentina
Interlude: Get Stupid

Parte Rave
16- 4 minutes
17- Like a Prayer
18- Ray Of Light
19- Hung Up / Frozen
20- Give It 2 Me

Curiosidades e Polémicas
Apesar de menos polémica que a Confessions Tour, a SSTour também teve direito aos seus momentos polémicos. O vídeo Get Stupid foi um desses; sendo famoso em todo o mundo pela sua crítica acérrima ao candidato republicano McCain. A campanha de Obama teve mesmo necessidade de se descolar deste vídeo, afirmando que em nenhum momento apoiou qualquer vídeo/ expressão do género. Continuando em plena eleição Norte-Americana, todas as noites Madonna mandava o seu recado a Sarah Pallin, candidata republicana a vice-presidente. Para o efeito Madonna rebatizou-a chamando-a de Sarah “Fuckin’”Pallin. Mais uma vez, muita tinta escorreu sobre o assunto, sendo mesmo em muitos países, alvo de notícia nos principais canais de televisão.

Aquando da vitória de Obama, Madonna dedicou o concertou ao presidente eleito, sendo projectadas nos ecrãs uma imagem de Barack Obama; Madonna saudou a mudança urgente da América. No final, todos os bailarinos e Madonna vestiam uma t-shirt feita especialmente com a cara de Obama onde se lia “Express Yourself”.
Já em Roma Madonna dedicou a versão acapella de Like a Virgin ao Papa Bento XVI, dizendo que ela também era filha de Deus. Durante Shes’ Not Me M beija na boca uma das bailarinas, chocando alguns presentes, aumentando mais a polémica.

Durante a 2ª parte, para além da polémica em torno do seu novo Boy Toy, Madonna foi elogiada por muitos pela sua homenagem a MJ, sendo que durante a última música (GI2Me) todos os bailarinos e Madonna inclusivé trazem calçada uma luva branca, símbolo de MJackson.
Na Roménia, antes de You Must Love Me, Madonna tomou a palavra condenando as sucessivas fortes descrimiações a que os ciganos estavam sujeitos neste país europeu. Valeu-lhe por parte da plateia um forte aplauso por outra metade uma forte onda de assobios. Em St Petersburgo, alguns manifestaram-se contra o concerto da Rainha, já que este tomava um dos largos mais simbólicos da cidades: a praça Alexandre III, forte símbolo russo.

Durante a paragem em Los Angeles, a parte mais destacada caiu devido ao mau tempo, fazendo com que as luzes por cima de todo o catwalk e ecrãs circulares tivessem de ser retirados. Para compensar, estiveram presentes no show com Madonna, Britney Spears, Justin Timberlake, Timbaland e Pharell Williams!


Vestuário

A roupa, já como usual, vai mudando segundo as fases do show, contribuiram para a realização dos vários “outfits” Givenchy, Moshino, Mil Miu, Yves Saint Laurent, Roberto Cavalli entre outros. Para a primeir parte, foi adoptado um estilo “Mulher Dominadora”, onde Madonna segura um bastão, à imagem de uma rainha que comanda os seus súbditos. Apesar de dominadora, pouco a pouco M retira elementos do seu outfit, revelando uma faceta mais sexy e sexual. Na segunda parte, Madonna vem à Old School, colorida, com calções curtíssimos vermelhos, um colete preto com letras bem coloridas. Em certos concertos Madonna usou uma panóplia quase igual, sendo totalmente rosa. A parte gipsy faz com que Madonna use um vestido bem sexy, com as tradicionais botas GI2Me; esta panóplia foi inspirada da colecção da Givenchy de 2008, sendo adaptada, levando mais pormenores com cor. A parte rave/futurista, revela uma Madonna totalmente diferente usando uma peruca; inspirada nos mangas japoneses M leva em 4 minutes uma espécie de colete vermelho cravado de diamantes Swarzkof. Para o resto desta parte M não usa o colete; sendo que apenas são de salientar as calças totalmente alternativas, ou se quiserem, totalmente futuristas!

Registo DVD

Como todos sabem, finalmente, o SSTour sai a 30 de Março em DVD para contentamento dos fãs. Já muitas televisões mundiais transmitiram o show, comprando os direitos de transmissão, esta foi causa pela saída tardia do DVD: a venda de direitos rende muito mais à LNation do que a compra directa do DVD! O CD/DVD, sai também pela primeira vez em edição Blue Ray. O concerto está menos editado que o Confessions, transmitindo uma verdadeira imagem de show ao vivo! No entanto, em certas canções a voz de Madonna está demasiado editada (quase não parecendo a sua) dando a impressão que esta canta mais de metade do concerto em playback, o que é falso. O caso mais grosseiro é Borderline, onde Madonna aparece com uma voz muito aguda e fina, lembrando uma criança… Todos esperamos que o DVD terá outra edição com a verdadeira voz de Madonna!


Madonna surge muito animada e comunicativa com os fãs. Podemos estar tentados a dizer que a frieza de Madonna é abandonada na SST. Madonna conversa com o público, fazendo-o cantar bastantes vezes. Madonna parece difrutar totalmente do concerto, estando sempre bem disposta em com sorriso nos labios. Apesar de menos elaborado que o Confessions Tour, o SST é certamente mais simples, contudo transmite uma imagem de uma M que gosta daquilo que faz, disfrutando cada música e cada momento, muito próxima do seu público.
E assim chegamos ao fim das nossas colunnas temáticas consagradas aos tours da rainha. Voltarei em breve com colunnas temáticas, contudo a próxima terá mais um índole pessoal- como descobri Madonna, e como fiquei fã. Vou tentar responder àquela célebre pergunta que muita gente nos faz: como ficaste fã, e por que és fã?
Tarefa difícil; quando se gosta de Madonna não se gosta só pelas músicas, pelos concertos, pela pessoa, pela polémica...

Aproveito também para dar os parabéns a toda a equipa do Madonnapt pelos 2 anos de óptimo trabalho. Continuem assim!
Eu volto em breve!
Até lá, express yourself!

Confessions Tour

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Após o triunfo da Re-invention Tour, Madonna lança o fantástico Confessions on a Dance Floor; álbum que pôs o planeta a dançar sobre o single planetário “Hung Up”.
Depois de algumas declarações proferidas aquando de American LIfe, afirmando que Madonna estaria quase esquecida pelo mundo, Confessions on a Dance Floor vem mostrar exactamente o contrário.
Madonna continua ela própria: a rainha da pop. O álbum atingiu o número 1 em mais de 41 países simultaneamente; sendo o álbum mais vendido de 2006.
Madonna ganhou nesse ano o Grammy para melhor Album Dance/Electrónico.
Aproveitando toda a loucura e sucesso em volta de temas como Hung Up, Sorry, Get Together.. Madonna lança uma das maiores e melhores Tours de sempre: a Confessions Tour lançada a 21 de Maio de 2006 em Los Angeles. Primeiramente pensada para a ser uma pequena tour, intimista, esta seria no final de contas a maior tour de sempre de Madonna...

The Confessions Tour é um espectáculo como Madonna sabe fazer. Muita polémica (levada a extremos) sensualidade, tomadas de posição, luz, cor, dança, música.

A tournée baseada em grande parte nos temas do álbum Confessions Tour, aproveita também outros temas mais antigos, reformulando-os para o efeito. Madonna mais uma vez, adopta todos os meios mais tecnologicamente avançados, construindo para o efeito um cenário com um palco principal, três satélites, três catwalk, apoiados por 3 ecrãs gigantes e um circular (também ele gigante), assim como uma círculo giratório que permite as mudanças de cenários no palco principal; uma pista de obstáculos que surge do tecto durante “Jump”, uma bola de espelho gigante; uma cruz de espelhos gigante, entre outros! Como podem ver, a Confessions Tour é uma tournée e-n-o-r-m-e!


Madonna apresenta-se apesar da óptima forma, um pouco distante do seu público, não havendo tempo para grandes pausas, para conversa e interacções. No entanto, todo o cenário e espectacularidade do show fazem esquecer esta parte mais “fria” do espectáculo.

Datas
A Confessions Tour iniciou-se a 21 de Maio em Los Angeles, e acabou cinco meses depois a 21 de Setembro do mesmo ano no Japão. Madonna, desta vez não passa pelo nosso país, contudo passa por 8 países Europeus, assim como Estados Unidos, Canadá e Japão. Mais uma vez a América Latina e Austrália ficam esquecidas nesta tour. Foram ao todo sessenta espectáculos em treze países.

SetList/ Show

Como está referido mais acima, o show basea-se sobretudo nos temas do novo álbum, não descorando como será normal, as velhas e boas músicas da Rainha.
São ao todo 19 temas divididos em quatro partes essenciais: Bloco Equestre; Bloco Médio-Oriente; Bloco Rock/ Acústico e finalmente o Bloco Disco. Cada tema seu guarda-roupa e sua encenação.
O Show inicia-se com Madonna misteriosa, no meio de cavalos, convidando o público a abstrair-se do mundo normal para entrar e experimentar o seu mundo “a ela”. É usada a sessão fotográfica que Madonna tinha feito mais cedo para a revista W.

O início deixa assim prever desde logo que se prepara um grande show. Desce do tecto uma bola de espelhos gigante, pousando no fim do catwalk principal, abrindo-se pouco tempo depois, deixando aparecer dentro dela uma Madonna dominadora - retratando o vídeo inicial, onde Madonna é “domadora” de cavalos”. Aqui, Madonna introduz o primeiro aspecto sexual: a subjugação dos homens às mulheres.

Segue o fantástico “Get Together”, e de seguida o famoso (e com óptimo arranjo musical) “Like a Virigin”, onde Madonna usa uma espécie de selim de cavalo para replicar movimentos sexuais, e sensuais. Acompanha como backdrop certas radiografias da queda de cavalo que Madonna tinha sofrido tempos antes. “Jump” segue-se, surge do tecto uma pista de obstáculo que permite aos bailarinos realizar figuras fantásticas inspiradas do movimento “parcours” (já visível do videoclip do single.

Cai o primeiro interlude: “Confessions”, onde surgem 3 bailarinos encarnando 3 histórias diferentes – mostrando a sua confissão ao público. Este interlude segue de rampa de lançamento ao momento mais polémico de todo o show: “Live to Tell”
Inicia-se um bloco mais forte, em termos de críticas, polémicas, pensamentos, expressão.

Madonna surge numa cruz, representando Jesus crucificado, usando uma imitação de uma coroa de espinhos. Sob ela vai aparecendo um cronometro gigante que contabiliza as crianças mortas em África devido à SIDA. Madonna critica deste modo a posição da Igreja face à epidemia em África. A canção termina com Madonna descendo da cruz, aparecendo nos ecrãs mensagens da Bíblia, misturadas com chamas e imagens de crianças africanas. Um momento forte, espiritual que choca. De seguida inicia-se o tema “Forbidden Love”, onde Madonna usa mais uma vez a religião e o conflito Israelo-Palestino – incarnado por dois bailarinos (um palestiniano com o crescente desenhado no corpo, e outro judeu com a estrela de David). Madonna usa assim a metáfora da canção, transportando-a para o “amor impossível mas desejável” entre Israel e Palestina.

O Bloco do Médio-Oriente segue com “Isaac”, onde uma bailarina incarna uma mulher sem direitos, usando burca. Madonna critica assim a falta de liberdade e de democracia dos países desta região do globo. Encenação perfeita. O Bloco segue com “Sorry”, e uma “quase” adaptação de partes do videoclip para a cena. A sexy “Like It Or Not” fecha a segunda parte do show.

Cai o interlude também ele muito polémico: Sorry.
Madonna aparece sensual, sexy, criticando os líderes mundiais, apontando o dedo entre outros a ditadores, líderes fundamentalistas; e sobretudo W. Bush. Durante o interlude aparecem imagens de destruição; fome, guerra, mortes.

Inicia a Parte Rock/Acústica
“I Love New York” inicia – Madonna com guitarra eléctrica expressa a admiração pela cidade que nunca dorme. Para ela NY não um sítio mas sim uma maneira de pensar. Segue o fantástico “Ray of Light”, um dos melhores arranjos musicais do show, adicionanda a essa uma coreografia perfeita. A performance louca de “Let it Will Be” segue-se. A parte acústica aparece com “Drowned World/Substitue for Love”; enquanto recupera o folgo de Let it Will Be, Madonna aproveita para falar e brincar q.b. com o seu público, fazendo-o gritar em quase todas as cidades “We Are One; No More War, e até F*ck George Bush”. Tirando este momento de diálogo mais directo com a audiência Madonna não tornará a falar mais com o seu público (excepto com “Hung Up”) até ao fim do concerto. Uma espectacular versão acústica de “Paradise (not for me)”, com Madonna à guitarra e com a participação de Isaac, fecha esta parte.

Surge a parte dançante do Show.
Os bailarinos tomam o palco em patins (à la anos 80) para introduzirem a chamada “Music Inferno”. Uma original mistura de “Music” com "Disco Inferno". Madonna surge vestida a “John Travolta”, inspirada do filme “A febre de Sábado à noite”. Surge mais um fantástico momento cénico e musical com “Erotica/You Thrill Me”, um momento electrizante, perfeito com coreografia fantástica.

A Dance regressa com um original lifting de La Isla Bonita que põe toda a plateia a dançar; segue “Lucky Star” totalmente transformada em versão Disco. Para o efeito Madonna coloca sob o ombros uma campa reluzante one se pode ler “Dancing Queen”. Chega a derradeira música, “Hung Up”, um mini interlude segue, onde os bailarinos tomam toda a sala fazendo “parcours”.

Madonna aparece quase como no videoclip, com a bem conhecida coreografia. No final, Madonna pede ao público para cantar com ela o famoso “Time Goes By, so Slowly”; o tempo urge, Madonna regressa ao palco principal, caem dezenas de balões do tecto, o ecrã circular gigante começa a descer lentamente projectando relógios loucos.
O Show acaba.

Surge projectada no ecrã circular a pergunta “Have You Confessed?”
Um grande final para um grande show, sem dúvida.


Bloco Equestre
1-Future Lovers/ I Feel Love
2- Get Together
3- Like A Virgin
4- Jump

Interlude: Confessions

Bloco Médio-Oriente
5- Live To Tell
6- Forbidden Love
7- Isaac
8- Sorry
9- Like It Or Not

Interlude: Sorry Remix

Bloco Rock/ Acústico
10- I Love New York
11- Ray Of Light
12- Let It Will Be
13- Drowned World/ Substitute for Love
14- Paradise (not for me)

Introdução a Music Inferno
Bloco Dance
15- Music Inferno
16- Erotica/ You Thrill Me
17- La Isla Bonita
18- Lucky Star
19- Hung Up

Vestuário:
Todo o vestuário fora criada por Jean Paul-Gaultier. Na primeira parte como vimos,Madonna adopta um estilo dominadora usando mesmo um chicote. Na parte Médio Oriente, Madonna surge vestida de forma simples, de acordo com as cores desta zona do globo: castanho/laranja… Na parte Rock, Madonna adopta mais uma vez um estilo mais forte, usando casaco bem rockeiro, acabando por ficar sem ele para a parte acústica. A parte Disco surge inspirada pela “Febre de Sábado à Noite”, e por um guarda-roupa inspirado num conjunto já usado pelos ABBA nos anos 70. Madonna acaba o show no seu habitual body rosa do clip “Hung Up”.

Curiosidades e polémicas
A crucificação é sem dúvida a parte mais polémica de todo o show, fazendo com que os meios mais conservadores protestassem activamente contra a realização dos shows. A Bom exemplo disso, foram as fortes manifestações ocorridas aquando dos concertos de M em Roma, Alemanha e Moscovo.A própria igreja condenou a crucificação. Madonna, já com o seu jeito conhecido, convida o Papa a assistir a um show. Os manifestantes acusavam-na de denegrir a imagem de Cristo, de blasfemiar toda a igreja católica. No entanto, e como já nos vem habituando, toda esta polémica acabou por alimentar mais favoralmente a imagem de Madonna. Nos EUA já, o vídeo “Sorry” com a presença de W. Bush acabou por causar mais polémica junto da população. Como vêem , Madonna pensa em tudo; cada continente tem direito a uma polémica mais ou menos direccionada ;).

No Japão Madonna usou durante a parte Rock e Dance a peruca do videoclip Jump (aproeveitando as fiilmagens do clip em terras nipónicas). Os próprios bailarinos apareceram com máscaras de power rangers em “Ray of Light”:
Em Paris Madonna contou com a participação do seu amigo Lenny Kravitz em “I Love NYork”.
A bola de espelhos pesa cerca de 1 tonelada, estando incrustados nesta 2 milhões de dólares de cristais.
Confessions Tour foi a maior tournée de 2006, a maior de Madonna até então, e a maior feita por uma artisita feminina até então. Madonna arrecada nada mais, nada menos que 194.3 milhões de dólares, tendo sido assistida por cerca de 1,3 milhões de espectadores.

Registo DVD
Como todos sabem e ao contrário da Re-invention, a “Confessions Tour” teve registo DVD, e CD (sabendo que só parte do show ao vivo está presente neste CD). Muitos fãs criticaram a edição demasiado exagerada do concerto, abafando demasiado a presença do público.



Como já adivinharam a última colunna sobre tours acaba com a gigantesca Sticky and Sweet Tour, que passou por Portugal a 14 de Setembro de 2008.

Até là, um bom Natal a todos e um óptimo 2010!

André R. Costa